“Não há crescimento econômico justo sem políticas orientadas a gerar inclusão de populações historicamente marginalizadas e excluídas, buscando equalizar às oportunidades de acesso à conhecimento, qualificação e crédito.” A frase foi retirada do documento “Recomendações: Sustainable Finance Work Group”, elaborado em junho deste ano pelo G20 pelo Impacto, grupo de trabalho do G20, cúpula formada pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Africana e União Europeia. Este ano, o G20 é presidido pelo Brasil, que sediará a reunião anual do grupo.   

 O G20 pelo Impacto é uma iniciativa que reúne diversas organizações e especialistas com o objetivo de promover ações e políticas para o financiamento sustentável. É composto por uma coalizão de organizações da sociedade civil, institutos de pesquisa, fundações e empresas que trabalham em conjunto, entre eles, a Aliança Empreendedora. 

No Sustainable Finance Work Group é apresentada uma visão que tem o potencial de impactar positivamente o meio ambiente e a economia global de diversas maneiras. As recomendações propostas no documento abrangem desde o financiamento sustentável para investimentos em ações climáticas e soluções baseadas na natureza até a redução das desigualdades sociais, a promoção da resiliência dos ecossistemas, o impacto social equitativo em ações de sustentabilidade e a promoção da transparência e responsabilidade socioambiental por meio da mensuração e avaliação das ações propostas no documento. 

Em resumo, as iniciativas apresentadas visam não apenas impulsionar a sustentabilidade ambiental, mas também promover um desenvolvimento econômico mais equitativo e regenerativo, alinhado com os objetivos de mitigação das mudanças climáticas e proteção da biodiversidade. 

Nesse sentido, “O desenvolvimento econômico de comunidades vulneráveis está atrelado à criação de políticas públicas de fomento ao empreendedorismo aliados à programas de assistência social, uma vez que a vulnerabilidade multidimensional e sistêmica que marca essas populações só será superada por meio de uma abordagem que associa o desenvolvimento econômico ao acesso a direitos e necessidades fundamentais”, argumenta o documento.   

O documento tem como objetivo oferecer aos Grupos de Trabalho do G20 em especial ao Sustainable Finance Working Group SFWG, recomendações concretas e pragmáticas para uma economia verdadeiramente sustentável.   

As recomendações foram elaboradas por especialistas reconhecidos globalmente na área de finanças climáticas e impacto socioambiental e trazem um arcabouço técnico, objetivo e robusto para a aplicação de diretrizes e normas a serem implementadas em políticas públicas globais e nacionais.  

 O G20 pelo Impacto é composto por mais de 40 organizações nacionais e internacionais reconhecidas globalmente, que, juntas, alcançam mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Entre as organizações que fazem parte do G20 Social e/ou foram citadas no documento estão: Instituto Arapyaú, Instituto AYA, Instituto Clima e Sociedade (iCS), Instituto Igarapé, Instituto Itaúsa, Open Society Foundations (OSF), Uma Concertação pela Amazônia, Din4mo Lab, Convergence Blended Finance, Instituto Ethos, The Wellbeing Economy Alliance, The Schwab Foundation for Social Entrepreneurship, Catalyst 2030, GSG Impact I, Purpose Foundation, Aliança Empreendedora, Preta Hub, Healthcare Without Harm, Global Mental Health Action Network, GSG Impact II, Nossa Terra Firme, B Lab e Sistema B e The B Team.

 Os objetivos da iniciativa incluem: construir capital social e qualificar o debate em torno do G20 e da transição para um novo paradigma econômico; incorporar tais recomendações concretas nos Grupos de Trabalho do G20 e na Declaração dos Líderes; e construir pontes em direção à continuidade com foco no G20 sob a Presidência da África do Sul em 2025.  

  

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Sobre a Aliança Empreendedora  

A Aliança Empreendedora nasceu em Curitiba, Paraná, 2005, com o objetivo de capacitar e apoiar microempreendedores formais e informais em vulnerabilidade econômica de todo o Brasil. Está alinhada com os objetivos da ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), da ONU (Organização das Nações Unidas).   

A organização acredita que todos os brasileiros podem empreender de forma digna e justa, e sabe que o empreendedorismo é uma ferramenta poderosa de inclusão socioeconômica. Saiba mais em www.aliancaempreendedora.org.br.   

O Empreender 360 é um dos programas institucionais da Aliança Empreendedora. A iniciativa existe desde 2016 e é voltada para a conexão e fortalecimento do ecossistema que atua na jornada do microempreendedor brasileiro informal ou formal. 

Nesse sentido, promove e integra estudos, encontros estratégicos e recomendações voltadas a todo o ecossistema empreendedor junto a diversas entidades, especialistas e poder público, fundamentando-se nas experiências e vivências partilhadas.   

Além de colaborar com o documento Sustainable Finance Work Group, a Aliança Empreendedra é exemplo de ecossistema de empreendedorismo socialmente inclusivo, pois caminha de forma vinculada com políticas públicas de desenvolvimento social e econômico, acelerando a transição para uma economia mais justa.